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BRASIL É UM DOS PAÍSES COM PIOR GESTÃO DE IMPOSTOS

Impostos são altos até em produtos de primeira necessidade.


O Brasil tem a pior gestão de impostos do mundo. São mais de 80 tributos que consomem R$ 1,5 trilhões das riquezas do país. Apesar disso, a população ainda continua sofrendo com a falta de assistência aos serviços básicos como saúde, educação e segurança. 
Uma caixa com um litro de leite, que hoje custa quase R$ 3, não sairia por mais de R$ 1,92 se não fosse o acréscimo de 33,63% em tributos embutidos no preço final do produto. Já na compra do pacote de farinha de trigo, se fossem tirados os impostos, daria para economizar R$ 0,82. E os carros chamados de "populares" assim seriam mesmo sem que os tributos fossem cobrados - ao invés de R$ 30 mil, custariam R$ 16,8 mil. 
Os índices de impostos chegam a 45,81% nas contas de luz, 29,83% nas contas de água e 57,03% na gasolina.
Dentre os itens com maior carga tributária no Brasil, os cigarros e as bebidas alcoólicas lideram o ranking. Quem fuma paga, em cada maço, 81,68% de impostos. Já sobre bebidas como a cachaça, por exemplo, são cobrados 83,07% a mais. A cerveja tem um índice de 56%.
Entre os produtos de primeira necessidade, os impostos também representam uma boa fatia dos valores pagos pelos consumidores. Um quilo de açúcar que custa, em média, R$ 1,25, custaria R$ 0,75 sem os impostos. Um pacote de café, com índice de 36,52%, sairia por uma média de R$ 3,17 se não fossem cobrados os impostos. Um pacote de macarrão teria um desconto médio de R$ 0,51. Entre os bens duráveis, os computadores poderiam custar 38% menos se não fossem aplicados impostos sobre sua produção e venda.

MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS IMPORTADOS VOLTARÃO A ALÍQUOTA DE IMPOSTOS ORIGINAL

Os produtos voltarão a ter a alíquota original em 1º de outubro

O Ministério da Fazenda informou, na última terça-feira, 10, por meio de sua assessoria de imprensa, que, a partir de 1º de outubro, os cem produtos que foram colocados na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) e tiveram a alíquota do Imposto de Importação elevada terão de volta a tributação original.

O Ministério da Fazenda informa que não há impasse em torno da redução das tarifas de importação de cem produtos que tiveram a alíquota majorada em outubro do ano passado. Com a retirada do assunto da pauta da Câmara de Comércio Exterior (Camex), vale o prazo estabelecido originalmente. Ou seja, a partir de 1º de outubro, os cem produtos voltarão à alíquota original.

Entre os cem produtos que tiveram aumento do imposto de importação, no ano passado, estão itens de bens de capital, de siderurgia, petroquímica e medicamentos. Grande parte das alíquotas, que variavam entre 12% e 18%, passou para até 25%.

MENOS DOCES E MAIS IMPOSTOS

Estudo da USP sugere sobretaxar alimentos em 1% a cada 1g de gordura saturada.


É mexendo no bolso dos brasileiros que um estudo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP em Ribeirão Preto (SP) propõe mudar os hábitos alimentares no país. A ideia é aumentar os impostos dos alimentos de acordo com o teor de gordura saturada – principal responsável por problemas cardiovasculares – e utilizar a receita arrecadada para subsidiar a produção de frutas, verduras e legumes.
O economista e pesquisador Rodrigo Mantaut Leifert explica que decidiu estudar o tema após observar que os índices de obesidade no país estão intimamente relacionados a hábitos alimentares ruins. Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada pelo IBGE entre 2008 e 2009, cerca de 50% dos brasileiros e 48% das brasileiras acima dos 20 anos apresentavam sobrepeso. Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos também estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Orientado pelo economista Claudio Ribeiro de Lucinda, Leifert começou estudando o consumo de 12 grupos de alimentos diferentes, entre óleos, azeites, gorduras, carnes industrializadas, embutidos, laticínios e açúcares, como doces, sorvetes e chocolates. Após cinco simulações,  concluiu que seria necessário aumentar os impostos em 1% a cada grama de gordura saturada presente no produto.
“Porém, só encarecer o preço não é única solução porque as simulações demonstram que certamente haverá substituição por alimentos com alto teor de sódio. Por exemplo, eu deixo de comer chocolate e passo a comer batata chips, que tem praticamente o mesmo preço”, explicou Leifert.
A partir daí, o economista também sugeriu que a receita obtida com os alimentos sobretaxados fosse repassada em forma de incentivos à produção de frutas, legumes, verduras, tubérculos e cereais – o que, pelos cálculas de Leifert, representaria um subsídio total de 15,2%. “Precisa fazer uma combinação entre tributo e subsídio para incentivar as pessoas a comerem mais fibras e vitaminas. As pessoas são sensíveis à mudança de preço”, afirma.
O pesquisador explica que a intenção do estudo não é proibir o consumo dos alimentos considerados engordativos, mas forçar a população a substituir uma parcela deles por outros mais saudáveis. “As pessoas não vão deixar de comer chocolate para comer maçã. O objetivo é estimular a diminuição, para que haja mais qualidade de vida”, afirmou Leifert, destacando que são necessárias outras políticas aliadas à mudança de hábito alimentar.
“Só essa medida não resolve todos os problemas. É preciso incentivar a prática de exercícios e de outras mudanças na rotina da população. Mudar o cardápio é apenas o primeiro passo", conclui Leifert.

POPULAÇÃO QUE RECEBE ATÉ DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS PAGA METADE DO QUE RECEBE EM IMPOSTOS

Povo brasileiro paga caro pela falta de "Cidadania Tributária"

Na população brasileira existe uma total ausência de “cidadania tributária”. Ninguém por aqui sabe o que realmente está pagando de impostos. 
Quando o brasileiro almoça, ele paga ICMS; quando compra feijão, paga ICMS; quando compra um desodorante, paga ICMS e IPI; quando compra um aquecedor, paga ICMS e IPI; compra fralda descartável, paga ICMS e IPI. E existem pessoas que acreditam não pagaram esses impostos, ou até mesmo desconhecem o fato.
Ao contrário do que ocorre nas maiores economias do planeta, no Brasil pobre paga proporcionalmente muito mais imposto do que rico. Mais do que o dobro. E essa desproporção sufoca quase 160 milhões de brasileiros, que ganham até R$ 1.019,00 mensais. Por essa razão é tão urgente se fazer uma reforma tributária no país.
Enquanto a parcela da população que ganha até dois salários mínimos deixa 53,7% dos seus rendimentos para o governo, outra, muito menor, que recebe mais de 30 salários mínimos mensais, contribui com apenas 26%.
Quando um cidadão brasileiro vai ao supermercado comprar arroz, feijão, azeite, óleo, carne, metade do custo dessas mercadorias vai para o governo na forma de impostos.