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ARMAS DE FOGO POSSUEM TAXAS DE IMPOSTOS MENORES QUE VÍDEO GAMES

Entenda o preço do Playstation 4 no Brasil



O preço oficial do Playstation 4 no Brasil, anunciado nesta quinta-feira, 17, pela Sony pegou todo mundo de surpresa. O incrível valor de R$ 4 mil é muto mais alto do que todos esperavam, e é até difícil entender os motivos pelos quais ele chegará ao país tão caro.
Impostos, como sempre são um fator importante, mas eles não são suficientes para explicar o valor tão alto, já que o Xbox One, que também será importado e é US$ 100 mais caro nos Estados Unidos, será lançado por quase metade do preço do PS4. 
Para entender a matemática por trás dos impostos em consoles, é necessário saber que videogames estão entre uma das categorias de produtos mais tributadas do país. Cerca de 72,18% do valor dos consoles no país correspondem a taxas. Somente caipirinha (76,66%), cigarro (80,42%), Vodca (81,52%), casaco de pele (81,86%) e cachaça (81,87%) têm cargas mais pesadas que os videogames, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Até armas de fogo chegam a ser menos taxadas que os games.
Estão entre os impostos ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), Pis (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Em caso de produtos importados, também entra o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Contudo, se impostos fossem o único problema, o console seria lançado por cerca de R$ 2 mil. A conta é a seguinte: O PS4 custa R$ 864 (US$ 400); incidindo o imposto sobre importação de 20%, o valor sobe para R$ 1036,80. Com o acréscimo de 1,65% do PIS, o custo aumenta para R$ 1051.
Em seguida entra o ICMS, imposto estatal. Em São Paulo, o valor é de 25%, que faz o preço aumentar para R$ 1267. Incluindo o Cofins, de 7,6% o salto é para R$ 1332. Em seguida entra o IPI, um dos mais pesados, de 50%, que levanta o preço para R$ 1765. Por fim, a substituição tributária eleva o preço em 35,9%, concluindo os R$ 2.075.
De acordo com o diretor de planejamento da IT Data, Ivair Rodrigues, então que outra questão pode encarecer produtos eletrônicos no Brasil? As margens de lucro. Com isso, sobram quase R$ 2 mil de margem de lucro no preço final, que devem ser divididos entre a Sony e os lojistas.
As redes varejistas são quem mais lucram ao vender aparatos tecnológicos - até porque lidam com mais riscos como assaltos, por exemplo -, mas os fabricantes e distribuidores também tiram suas fatias.

IMPOSTOS ENCARECEM PRESENTES DO DIA DAS CRIANÇAS

Imposto de alguns brinquedos passam de 70% do valor



Os impostos encarecem os presentes do Dia das Crianças. Graças à carga tributária, os brinquedos ficam até 70% mais caros, segundo pesquisa da BDO RCS, empresa especializada em auditoria.
A indústria brasileira de brinquedos enfrenta dificuldades porque os produtos chineses se igualam aos preços com os nacionais por causa do baixo custo de produção.
Os videogames são, entre os presentes típicos do Dia das Crianças, aqueles que mais sofrem com o peso dos impostos. Segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), 72,18% do valor total de um Playstation da Sony, por exemplo, equivale a imposto.
O estudo do IBPT mostra que o pai que optar por comprar um iPod, da Apple, ou um aparelho de MP3 para o filho vai pagar 49,45% do valor do produto em tributos.
"Apesar disso, o que se percebe é uma certa disposição do consumidor brasileiro em pagar mais caro por alguns produtos que, fora do Brasil, são vendidos a um preço bem mais baixo", diz Costa.
Mesmo quem optar por presentes mais baratos, no entanto, vai sentir o forte impacto dos tributos no bolso. Segundo o estudo do IBPT, os impostos incidentes sobre uma bola de futebol equivalem a 46,49% do valor total do produto; sobre brinquedos como carrinhos e bonecas, o impacto é de 39,70%.
As roupas – que as crianças não curtem muito ganhar, mas ganham mesmo assim – têm uma carga menor de impostos: 34,67%. Nos demais brinquedos, como bonecas, carrinhos, jogos e outros, a alíquota pode chegar a 39,70%, segundo o IBPT.
Para quem, ao invés de dar presente, pretende levar a criança para um programa mais cultural, a carga tributária do cinema e do teatro é uma das mais baixas: corresponde a 30,25% do valor do ingresso. 

IMPACTO DOS IMPOSTOS NOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL É DE 6,5% EM MÉDIA

Paraná é o estado que menos cobra impostos da pequena empresa


Que a pesada carga tributária brasileira é um fator desestimulante para a abertura de novas empresas, especialmente as menores, não é novidade. Mas um estudo recente feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Sebrae mostra o peso que os impostos têm para as pequenas empresas em cada estado do país. 
A alíquota média nacional é de 6,5% e a diferença entre a menor e a maior alíquota efetiva média é de 3,9 pontos porcentuais (p.p.).
As menores alíquotas foram vistas no Paraná (4,7%), Rio de Janeiro (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,3%), enquanto os estados em que as pequenas empresas mais sentem o peso da carga tributária são Mato Grosso (8,6%), Bahia (8,1%) e Amazonas (7,8%). O estado de São Paulo registrou uma alíquota de 7,3%.